Em aprofundamento, os temas favoritos do nosso site e da rede de blogs.


Esta edição de nossa Série Temática é especial. 
Ela concentra os conteúdos mais expressivos que estão no ar em nossa rede de blogs e inclui também uma seleção dos assuntos mais acessados no site Absoluta.
Os temas favoritos de nosso público ganham, então, um espaço especial de aprofundamento. O ranking de matérias está categorizado em editorias para uma navegação mais clara e acessível para você, segundo seus gostos pessoais.
Sinta-se em casa e boa leitura!



Absoluta! Um sonho circular... cósmico... nutrido por muitos corações...

A nova era feminina chegou.
Seja muito bem-vinda!




Foto: Marta Postiglione
Foto do cabeçalho: Jéssica Pulla

Apresentação






O Sistema Absoluta abre outro espaço de focalização do Feminino Essencial
Nesta edição temática especial, você poderá conferir as matérias mais acessadas em nosso site que têm a ver de perto com a sintonização profunda do Feminino, com suas instâncias mais substanciais, além de uma seleção dos conteúdos mais expressivos que estão no ar em nossa rede de blogs.

http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/o-sistema-absoluta-abre-outro-espaco-de.html  

As "modelos" do Absoluta não são apenas rostinhos bonitos
Nossas "garotas da capa" abrem o coração e contam como se relacionam com a beleza. O convite é uma espécie de homenagem e gratidão, e serve para registrar que nossas modelos não são apenas rostinhos bonitos. São mulheres reais, mulheres profundas, mulheres absolutas...
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/as-modelos-do-absoluta-nao-sao-apenas.html

Nossos parceiros: o básico e o luxo absolutamente essenciais
O Absoluta não deseja anunciantes apenas pelo faturamento publicitário. Queremos verdadeiros parceiros, gente que acredita na "causa", empresas, espaços, terapeutas, atuadores de um mundo novo, cuja proposta de trabalho esteja afinada com os ideais do Absoluta, da qual tenhamos orgulho de estampar em nossos espaços.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/nossos-parceiros.html

E os homens, hein?!
O mundo adoeceu quando fez escolha por uma das polaridades, erguendo instituições e ideologias a favor dos valores masculinos como se fossem naturais e “normais”. Precisamos empatar esse jogo. Pelo bem de todos.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/e-os-homens-hein.html 




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Relacionamentos








O poder da direção do seu amor
Mulheres bem conscientes de tudo o que envolve o Feminino estão sozinhas, sem parceria amorosa. Outras muitas também estão reduzidas a se conformar com o homem que está a seu lado mas sentem na pele que a relação não está viva. Não existem parceiros perfeitos, mas potencialmente há muitos saudáveis cúmplices vagando por aí esperando ser atraídos por você, também desejando uma boa parceira. A chave para esse nó está totalmente em você e bem mais à mão do que comumente se imagina, como alerta a escritora Vivian Weyrich.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/o-poder-da-direcao-do-seu-amor.html

Tá pronta para um "cara-a-cara" com o amor real?
Estaremos prontas para sairmos do ideal e irmos ao "cara a cara" com o real? Estaremos disponíveis para a conexão mais profunda com o que somos, e não com o ideal de mocinha ou mulher fatal? Essas e outras questões fervilham nos corações das mulheres de hoje, e para elas a psicóloga Juliana Gomes Garcia traz algumas chaves importantes.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/ta-pronta-para-um-cara-cara-com-o-amor.html

Mapa astral composto: guia para a felicidade amorosa
Um casal só tem a ganhar quando faz o mapa astral de ambos os parceiros - o mapa composto. Antevendo quais pontos fortes e fracos da relação, a dupla pode decidir como melhor direcionar a energia. O mapa composto não é uma sentença mas um instrumento a ser utilizado da maneira mais proveitosa possível, trabalhando, curando e construindo a relação. Quem nos dá orientações sobre o assunto é a astróloga Giane Portal.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/mapa-astral-composto-guia-para.html

Amor de alma: encontro com o Complemento Divino
Num tempo planetário de tantas relações pulverizadas e estímulos permanentes ao individualismo, fica difícil encontrarmos o amor real. Muitas de nós já desistimos, já não acreditamos mais na possibilidade de um amor tudo a ver. Mas a terapeuta e focalizadora Simone Alves afirma que, no momento em que você se sentir muito inteira, plena, cheia de vida, ao perceber que se encontrou com sua alma, esse amor real chegará, você o atrairá.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/amor-de-alma-encontro-com-o-complemento.html

Mais ser e mais amar
Afinal, o que merecemos mesmo é amor de verdade, amor que traz vida para quem o experimenta. Mas deixar de caminhar por medo das armadilhas não nos fará mulheres mais fortes. Essa é a mágica do amor, a mágica de chegar perto e poder viver algo intenso e sereno ao mesmo tempo. Esse algo que desperta em nós o humano e o divino, que nos faz sentir mais profundamente a mulher que somos. O delicioso chamado é a psicóloga Juliana Gomes Garcia.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/mais-ser-e-mais-amar.html

Feminino, Masculino e a aliança entre duas liberdades
A educadora Lucineide Nobre comenta a trajetória da sabedoria para integrarmos os paradoxos que compõem a totalidade. Não tem outra. Precisamos aprender a honrar a dimensão da alma. Nas profundas e urgentes questões do Feminino e Masculino, eu, tu, eles e elas somos parte do problema e da solução.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/feminino-masculino-e-alianca-entre-duas.html



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Beleza




Alisar, esticar e levantar? Que beleza é esta?!!!
Muitas e muitas mulheres vivem como reféns de sérias encucações com relação a estrias, cabelos, quilos, celulites e por aí vai... Carla Lampert, terapeuta e focalizadora de círculos femininos, nos convida aqui a pensar por quantas distorções a beleza tem passado nesse mundo moderno e alerta: você nasceu perfeita, acredite nisso!!
Mulher bonita - você sabe - é a mulher de bem consigo mesma...
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/alisar-esticar-e-levantar-que-beleza-e.html

Tá a fim de perder a vida correndo atrás da perfeição?
É verdade, né? Há algumas décadas, não faz muito, mulheres de seios fartos queriam que eles sumissem!! Quantas fizeram cirurgia de redução... E hoje? O que andamos fazendo? Encobrimos nossos aromas, maltratamos nossas madeixas, descuidamos de nossos ciclos, entupimos a pele de cremes que esticam e puxam... Vamos nos perdendo de nós mesmas. “Que nos enfeitemos, sim”, convoca a psicóloga Juliana Garcia, “mas que mantenhamos viva a certeza de que somos mais do que os enfeites”.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/ta-fim-de-perder-vida-correndo-atras-da.html

Olha a postura aí!!
Pequenos descuidos e maus hábitos de postura podem detornar a sua coluna, sabia? Pra ficar retinha e elegante, não use apenas salto alto, alterne com com sapatos baixos, não deixe que o corpo "acostume" com o salto. Ao caminhar, lembre de não deixar os ombros caídos, nem seios e bumbum excessivamente empinados, o que também gera desvios e alterações no futuro. Essas e outras dicas, e também exercícios que você pode fazer em casa, quem nos dá é a fisioterapeuta Cinara Klein.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/olha-postura-ai.html

Cosméticos orgânicos: a Nova Era na beleza
Cada vez mais, os produtos de beleza ecologicamente corretos tomam o espaço reservado às maquiagens convencionais. Os substratos usados na composição dos chamados "cosméticos verdes" são de origem sustentável, ou seja: não contém aditivos químicos, como conservantes, nem foram criados utilizando a velha e infeliz ferramenta de testes com animais vivos. Sim, é uma outra Era que chega também ao mundo da beleza.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/cosmeticos-organicos-nova-era-na-beleza.html

Uma linha reta entre as curvas da beleza
A bailarina e professora de dança do ventre Kilma Farias fala de como a beleza é mesmo muito relativa, e como as mulheres "crescem" em encanto e poder quando dançam em público. Inclusive aquelas acima do peso... E nos fala também dos comentários surpresos em seu camarim...
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/uma-linha-reta-entre-as-curvas-da.html




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Auto-conhecimento e Cura






As faces da Ecologia Pessoal

Ecologia não é apenas a Natureza ou algo fora de nós. Como seres vivos, também somos o próprio meio ambiente e tudo o que fazemos interfere diretamente na rede ecológica do Todo. Ainda assim, a subjetividade humana constrói uma ecologia interior, pessoal, e nossas relações sociais erguem por si uma ecologia relacional. É do que nos fala a educadora ambiental Taís Fonseca.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/as-faces-da-ecologia-pessoal.html

Paixão e amor: a jornada do amadurecimento de Afrodite
Aceitação quando nos depararmos com julgamentos. Companheirismo quando surgir o medo da sombra do parceiro. Respeito e individualidade quando aparecer o impulso de controlar o outro. Confiança e paciência no processo natural de evolução do relacionamento, o que envolve quebra de expectativas e frustrações.
Tudo isso faz parte da jornada de amadurecimento das relações e de nós mesmos, enquanto manifestação do Amor neste planeta. Especialista em Espiritualidade e Mitologia Femininas, Patrícia Fox comenta o tema.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/paixao-e-amor-jornada-do-amadurecimento.html

Equilíbrio entre Feminino e Masculino Sagrados
O terapeuta e sacerdote Edu Scarfon traz sua reflexão sobre a necessidade de cultuarmos e equilibrarmos o masculino e feminino sagrados. Todos esses opostos se complementam e fazem parte do nosso mundo interior, independente de sermos homens ou mulheres.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/equilibrio-entre-feminino-e-masculino.html

Resgate de Alma: Sagrada Aventura!
Angélica Pio, experiente terapeuta holística, nos fala aqui do trabalho de Resgate de Alma, uma excelente ferramenta xamânica que nos ajuda no empoderamento de nós mesmas, que nos possibilita estar mais inteiras, mais presentes neste Momento Sagrado!
Ahow!http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/resgate-de-alma-sagrada-aventura.html

Como nos sentimos plenas nesses momentos de Yoga!!
Se você não faz parte dos moldes de beleza vigentes, parabéns! Você tem sua própria beleza, afirma a professora Laísa Boaventura. Ela conta que certas práticas de Yoga fazem com que você se descubra muito bela.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/como-nos-sentimos-plenas-nesses.html

Massagem Ayurvédica: pressãozinha do bem
Imagine uma terapeuta subindo em cima de você, colocando o peso em suas costas. Imaginou? Pois é com pressões nesse nível que a Massagem Ayurvédica atua. Trazida da experiência de cinco milênios na Índia, a técnica gera esta experiência de conexão intensa com o próprio corpo. A especialista Giovanna Lamaita nos conta sobre a técnica.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/massagem-ayurvedica-pressaozinha-do-bem.html

Você menstrua. Sinta orgulho disso!
Em nossa cultura, as mulheres são treinadas a esconder que estão menstruadas. Pega mal, é motivo de vergonha, paga mico quem deixa o sangue manchar a roupa. Por essas e por outras, as fêmeas desse mundo moderno desenvolvem processos tão dolorosos na simples essência de serem mulheres, por isso tantas cólicas e desconfortos. Sabrina Alves, focalizadora paulista, nos conta como a consciência menstrual funciona enquanto poder de transformação individual e social.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/voce-menstrua-sinta-orgulho-disso.html

Menstruação: o tempo da consciência corporal
O chamado "período da lua", este tempo de ser mulher, funciona como um portal mensal para entrarmos em contato com nosso centro profundo e com nosso poder ancestral. Sangrar é se reempoderar, como propõe a terapeuta e focalizadora Simone Alves nesta reflexão. Aqui, ela fala a respeito da conexão do útero com o inconsciente.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/menstruacao-o-tempo-da-consciencia.html




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Feminino Essencial






De volta à honra de nascer fêmea

Mulheres e homens querem fazer as pazes com as questões de gênero e se reintegrarem neste recente chamado cósmico. E a resposta mais regeneradora nesta jornada de recuperação é encontrada em grupos organizados por profissionais que elegem o Feminino como proposta de desenvolvimento.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/de-volta-honra-de-nascer-femea.html

A mulher e a sombra do Feminino
Em função de feridas do passado, muitas mulheres criam uma espécie de mandato interno e atraem amores pra lá de danosos. Neste contundente texto publicado em nosso site - campeão de acessos por vários meses -, Carla Lampert, terapeuta e focalizadora de círculos femininos, fala da sombra do universo feminino.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/mulher-e-sombra-do-feminino.html

Não quero o lugar do homem, quero o meu lugar!
Enrijecimento corporal e mental, problemas de relacionamentos, disfunções hormonais, isso e muito mais são ecos do equivocado esforço de muitas mulheres para se adequar às orientações da sociedade masculina, provocando distanciamento do seu próprio saber feminino. É preciso que as mulheres voltem a sentar em círculos e sejam ativistas para o despertar das próprias mulheres, é preciso uma nova consciência para atos de política de gênero. Essa convocação tomando a mulher como Ser planetário, espiritual, social e fonte de sabedoria é feita aqui pela focalizadora Sabrina Alves.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/nao-quero-o-lugar-do-homem-quero-o-meu.html

Guerreira para Deusa: como transformar o Feminino
Este é um dos textos mais lúcidos que circulam por aí a respeito das questões profundas do Feminino. É extenso mas recomendamos expressamente sua leitura. Embora tenha sido publicado em nosso site em setembro de 2006, o conteúdo continua atualizadíssimo – aliás, instigante sinal dos tempos... A autora Suzanna Kennedy responde pelos trabalhos do Reality Crafting, e o Absoluta ganhou sua expressa autorização para reprodução.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/guerreira-para-deusa-como-transformar-o.html

Coisas que eu sei, para quem precisa saber
A focalizadora Carla Lampert percebeu que há várias e várias mulheres muito mal pelo mesmo motivo... A busca que se precisa fazer pelo empoderamento e liberdade muitas vezes é confundida com a eterna procura de um amor perfeito... Achou sintomático e mandou ver num instigante alerta, que tem a ver com projeções que fazemos e com o impulso de buscar no outro o que não temos em nós.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/coisas-que-eu-sei-para-quem-precisa.html

Menstruação: o tempo da consciência corporal
O chamado "período da lua", este tempo de ser mulher, funciona como um portal mensal para entrarmos em contato com nosso centro profundo e com nosso poder ancestral. Sangrar é se reempoderar, como propõe a terapeuta e focalizadora Simone Alves nesta reflexão. Aqui, ela fala a respeito da conexão do útero com o inconsciente.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/menstruacao-o-tempo-da-consciencia.html

A riqueza de ser como se é
Muito se diz que a mulher é um ser misterioso. Quantos não gostariam de entender o que as mulheres querem e desvendar os sentimentos femininos? Talvez essa tarefa tivesse de partir, primeiramente, das próprias mulheres: conhecer os seus sentimentos, ir fundo na compreensão de seus mistérios, reconhecer a sua multiplicidade. É o que propõe Juliana Garcia, psicóloga e facilitadora.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/riqueza-de-ser-como-se-e.html

Redescobrindo o princípio do divino feminino na água
Nos tempos atuais, quase se perdeu a consciência de que a água é a manifestação do Feminino em nosso planeta. E não é por menos que, numa cultura patriarcal e machista, onde o divino feminino seja tão desrepeitado, as águas por sua vez, justamente, nunca estiveram tão poluídas e são cada vez mais escassas.
É a interessante reflexão que faz Kathi von Koerber, dançarina/curandeira e diretora de cinema, que vive na Alemanha e África do Sul.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/12/redescobrindo-o-principio-do-divino.html



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Expressão





Quando a barriga é show...

Valéria Grywacz fotografa grávidas há quase 10 anos e nos conta o barato cósmico da sua arte.
O trabalho começa com uma conversa entre a fotógrafa e a grávida. Ambas precisam conhecer o ambiente onde as fotos vão acontecer, que adereços podem ser usados, como é o clima do lugar... Cada grávida tem suas peculiaridades e preferências, e é isso que conta. Vale uma flor do jardim, um lenço, um detalhe da casa... a produção é simples e a protagonista é a barriga. Conversa afinada, basta mergulhar neste universo e algo especial se revela. A beleza sagrada se eterniza num flash.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/04/quando-barriga-e-show.html

Não perca o fio 
Nem todas são mulheres de Atenas, nem todas tecem longos bordados, mil quarentenas.
Mas fios, tramas, novelos, linhas e cores têm muito a ver com a vibração feminina instintiva.
Ainda hoje, no fervo das cidades grandes, mulheres colocam muita energia em cada ponto, irradiam em suas mandalas o guardado, o esquecido, o negado, mulheres em grupo sorriem, trocam, se revelam.
Tricô, crochê, bordado, a magia dos fios rende muitas histórias. Absoluta traz algumas.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/04/nao-perca-o-fio.html

Criar, um assunto de Lilith
O mundo está cheio de mulheres que gostariam de se expressar artisticamente mas travam em seus mandatos internos, seja por crenças limitantes ou eternos adiamentos. Mas ainda bem que há mulheres como a artista plástica Eleonora Graebin. Em seu atelier de arteterapia em Porto Alegre, ela estimula as pessoas a se manifestarem livremente através desta forma de cura amorosa e colorida, que apresenta uma interface múltipla entre conhecimentos de psicologia, arte e educação.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/04/criar-um-assunto-de-lilith.html

Dançando o Sagrado Feminino
Ao longo da vida, nossas mágoas se acumulam não apenas na alma mas também no corpo, criando couraças, tumores. Por séculos, o Feminino carregou em seus quadris o peso de repressões e culpas, mutilando, encolhendo e esquecendo sua verdade.
Mas o reencontro com seu sagrado e sua força mais essencial é um chamado que se aproxima crescentemente da mulher moderna, e se constitui numa chave definitivamente transformadora. Um dos meios mais eficientes e agradáveis dessa transição é a dança, como nos conta a dançarina e professora Shakty Shala.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/04/dancando-o-sagrado-feminino.html

"Meu querido diário": Um convite ao encontro consigo mesma
Em plena febre de blogs a milhão por aí, a psicóloga Juliana Garcia resolveu viajar fundo num diário tradicional, dos “velhos tempos”... E não quis um caderno pronto... Pegou folhas recicladas, uma capa dura, cortou, aparou arestas, lixou e, ainda assim, ficou tudo torto.
Mas ela adorou e passou a viver uma viagem de consciência muito interessante, onde faz contato natural com a alma e encontra, sem querer, uma unidade onde antes apenas havia fragmentos confusos. Tem anotado sonhos também, e os significados estão brotando.
Acompanhe mais de perto a experiência. Que, por sinal, ela recomenda a todas e todos do Absoluta.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/04/meu-querido-diario-um-convite-ao.html

Estilo Tribal, a dança do novo milênio? 
O Estilo Tribal é relativamente recente no mundo da dança, mas bebe na fonte de diversas culturas antigas e mistura tudo numa alquimia de tom contemporâneo. Uma de suas facetas mais interessantes é a improvisação coordenada, semelhante à brincadeira de "siga o líder", baseando-se numa série de códigos e sinais corporais que as bailarinas aprendem para se comunicar entre si durante a apresentação.
No caldeirão da universalização, aponta como um estilo visionário...
Mahaila Diluzz é dançarina e facilitadora desta modalidade.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/04/estilo-tribal-danca-do-novo-milenio.html

A comunicação plena dos círculos dançantes
Há algo de mágico e sagrado na energia coletiva que se estabelece quando as pessoas dançam em círculos. Desde os antigos que giravam em torno da fogueira até as rodas atuais, cada vez e felizmente mais freqüentes nos grupos holísticos, as mandalas vivas dos círculos dançantes atuam no físico e no sutil. Em harmonia e celebração, os participantes ativam um campo energético integrador que se reforça a cada outra dança.
Quem conhece de perto esses processos de enraizamento através do movimento é Lucineide Nobre, educadora, integrante da Unipaz-CE, facilitadora e atuante em consultoria educacional na abordagem biocêntrica. Ela nos fala em mais detalhes de como funciona essa comunicação alquímica.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/04/comunicacao-plena-dos-circulos.html





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Dança






Mover-se dançando em direção à vida!!!

Criança pula, se atira no chão, planta bananeira. Adultos acham bonitinho mas não se permitem mais a essa mesma alegria. Preocupados com as ilusões do que seja ou não ridículo, estagnamos e mofamos. Perdemos vitalidade e flexibilidade. Estamos meio mortos mas Rute Rodrigues, psicóloga e focalizadora de biodanza, nos chama pra vida, contando que dançar é readquirir intimidade corporal.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/mover-se-dancando-em-direcao-vida.html

Dançar conectada é estar em casa
Dançar em público é uma energia. Dançar só, apenas você e mais ninguém, é outra. Distante das platéias e dos olhares, quando se permite deixar de pensar em técnica, quando se esvazia e não pensa em absolutamente nada, então você flui e passa a dançar conectada com o cosmo. Carla Lampert, bailarina e professora de dança do ventre com ênfase no Feminino Sagrado, pode nos falar com autoridade sobre o tema.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/dancar-conectada-e-estar-em-casa.html

Dança do Ventre, suas origens e a realidade atual
De origem ritualística com fins religiosos, a dança do ventre migrou para o Ocidente, diluiu-se enquanto espiritualidade, e ficou reduzida a uma dimensão de entretenimento. Quem relata detalhes desta transição é Cinara Klein, bailarina, professora e estilista de trajes de dança do ventre, que também nos situa a respeito da realidade brasileira atual.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/danca-do-ventre-suas-origens-e.html

Sua dança é sua, não do outro
Neste contundente depoimento, feito especialmente para o Absoluta, Gleice Lemos Frioli (Shakty Shala), professora e dançarina, dedicada há 25 anos ao estudo de danças, traz um importante alerta quanto à crescente comercialização e banalização da dança.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/sua-danca-e-sua-nao-do-outro.html

Muito além do requebrar de quadris
Dançarinas com minúsculos biquinis e rostos vendados são ferramentas corriqueiras de marketing no país da famosa dança da garrafa. Tudo pela audiência, tudo para acordar o imaginário masculino e gerar consumo. Pois, a experiente bailarina, professora e coreógrafa Nancy Ribeiro faz um alerta no sentido de filtrarmos as distorções da mídia quanto à sensualidade artística e mergulharmos no verdadeiro espírito da bailarina de dança do ventre - que vai muito além do requebrar de quadris.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/muito-alem-do-requebrar-de-quadris.html




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O primeiro instante

Nada deve atrapalhar os primeiros instantes de vida do bebê e da mãe. Eles devem ficar o tempo que quiserem ali parados, cansados, ofegantes, recém-nascidos. Ambos registram ali suas primeiras impressões acerca da vida que se recriou.
Assim, com poesia, clareza e muita verdade, a jornalista Daniela Buono conta o parto normal com que teve sua filha. Apesar da beleza, o tom é quase de denúncia. Um alerta contra as violências do sistema hospitalar na hora tão sagrada do parto.


Sou mãe há mais de um ano e 'conquistei' meu parto normal. Foi um momento importantíssimo em minha vida e hoje estou convicta de que é preciso re-significar o nascimento do Brasil, porque há muita violência imposta ao momento do nascimento. São violências desnecessárias, vãs, vis.
É preciso respeitar o ritmo natural e o simbolismo transformador do nascimento! E, definitivamente, isso não acontece aqui no Brasil. Nem entre ricos, nem entre pobres.
Quando um bebê está pronto para deixar o útero, dá sinais de que quer sair, e o corpo da mãe começa um trabalho orgânico e intenso de expulsão da nova vida.
Como todo mamífero, a mulher precisa procurar um local seguro e calmo, um canto onde possa relaxar para abrir lentamente o colo de seu útero. A consciência e a linguagem são funções secundárias. As rédeas precisam ser tomadas pela parte do cérebro que rege nossos instintos primordiais, como a fome e o desejo sexual.
O silêncio, a paz e a paciência são principais companheiros da mulher em trabalho de parto. O tempo também há de se aliar a ela, sem pressões. Ela tem direito ao tempo que for para deixar seu útero contrair, contrair, contrair até conseguir levar o bebê ao canal vaginal.
A tensão, a excitação e a ansiedade promovem a produção de adrenalina, substância de alarme que o cérebro espalha pelo sangue para que os órgãos se prontifiquem frente ao perigo. A adrenalina inibe a ação da ocitocina, outra substância, conhecida como hormônio do amor e do prazer. Além de agradáveis sensações, como o relaxamento nos intervalos das contrações e a alegria de imaginar seu filho chegando, a ocitocina promove as contrações do útero. Quanto mais ocitocina, mais eficiência às contrações.

A força que invade o corpo da mulher quando o bebê está descendo, já coroando, é de uma intensidade descomunal. Há um desejo incontrolável de expelir, de expulsar, de morrer.
E aquela mulher vai morrer. O bebê, imerso e integrado no mundo uterino, que parecia ser o único, também vai morrer.
É preciso entregar-se à morte para renascer em vida. É uma explosão cheia de vida. É plena. É luz.

Nesse exato momento acontece uma profusão de registros na vida do ser que nasce.
A mulher é inundada de ocitocina, exala amor e emoção. Mira o bebê nos olhos, beija-o.
Nasceu uma mãe.
O primeiro suspiro carregado de ar, o choque nos pulmões, o choro reativo e aflito são suavizados pelo primeiro olhar, o primeiro toque da mãe, o beijo na face, a luz suave, o som da voz, a expressão no rosto, o prazer do abraço.
Nasceu um bebê!
Nada deve atrapalhar os primeiros instantes de vida do bebê e da mãe.
Eles devem ficar o tempo que quiserem ali parados, cansados, ofegantes, recém-nascidos. Ambos registram ali suas primeiras impressões acerca da vida que se recriou.
Se não temos memória do estado intra-uterino, das contorções do parto, dos primeiros instantes de vida, nossos corpos e nossa psique inconsciente têm. Tudo o que se relaciona com o corpo a partir daí estará impregnado deste sentimento primordial em relação à vida, nossas experiências de dor e de prazer físicos, nossa capacidade de amar e até mesmo nossa morte.
O que é a vida? Perguntam-se ali mãe e filho, no instante primeiro? A resposta está dada, está ali, impregnando o corpo e a alma.
A vida é tudo o que se revela a partir dali. E este doce instante repleto de significado vai colorir todos os sucessivos começos das vidas que se seguem.

Daniela Buono
Jornalista, mãe de Maria Clara
danibuono@uol.com.br

Fotos
Daniela Buono

A alquimia nada fácil das grávidas


Aquele tom quase beatífico da gravidez, vendido pela mídia, não existe. Tampouco é felicidade todo o tempo, pois tem também sua cota de angústia e medo.
Carioca de Duque de Caxias, morando nos Estados Unidos, Patricia Ariel já passou por esse choque de realismo. Mas, como conta aqui num lindo depoimento, percebe que não há metamorfose sem dor. Render-se a esta, justamente, é a chave para mergulhar na magia do mundo.
“O corpo novo, em constante metamorfose, cada vez mais pleno. O ventre lunar, os seios. As alegrias da preparação. A maior aproximação com o companheiro, o aumento da cumplicidade”, Patrícia relata-nos o que é esse processo alquímico: fogo, terra, ar e água se misturando dentro de você.


Naquela semana não foi difícil entender os sinais. Meu corpo sempre falou comigo de forma muito clara. Ansiedade e alegria se confundiam. E havia ainda a incerteza, o medo de que nada daquilo fosse verdade, da reação do marido e de tudo o mais que estivesse por vir. Não foi uma gravidez exatamente planejada, embora o sonho já tivesse há muito criado raízes no meu coração. E como os caminhos da natureza, que é mãe sábia, não são para ser questionados, compreendi que meu momento chegara e o abracei.
No céu, eu tinha Saturno em aspecto com a Lua (amadurecimento do feminino), Plutão na casa 5, a casa dos filhos. Refleti durante todos esses meses nesse simbolismo, em como ele tem se descortinado para mim, em sua visceralidade e beleza. Plutão tem a ver com morte e renascimento, transformação, alquimia. Com deixar ir o velho para que o novo se estabeleça. E isso quase nunca é fácil. Mas, no fim, completado o trabalho, o maravilhoso se revela.
Gravidez não é cor-de-rosa, bem disse uma amiga. O início foi difícil. O corpo sofria, em seu esforço por se adaptar; a distância da família trouxe solidão. Houve incerteza quanto ao futuro. Mas houve também silêncio e música; uma música que vinha de dentro, mansa e brilhante, como água.
Descobri que aquele estado quase beatífico, vendido pela mídia e pelos romances, não existe. A conexão com o bebê não surge do dia para a noite, vem de mansinho, com o som da batida do coração, os movimentos iniciais, a primeira imagem no ultrasom.

Tampouco é felicidade todo o tempo, pois tem também sua cota de angústia e medo. Nada parece ser mais como antes, desarruma-se a casa, o mundo vira de ponta-cabeça. Mas é como as coisas precisam ser, pois não há metamorfose sem dor. Render-se a ela é um adentrar na magia do mundo. É um compartilhar com a criação divina, quase um processo alquímico: fogo, terra, ar e água se misturando dentro de você, e te modificando por inteiro, alma e corpo. É preciso mesclar-se ao tempo, aos ancestrais, morrer e renascer com aquele que vem.

Gerar vida é ato sagrado. É o ápice da condição feminina, sua vivência máxima. É quando nos compreendemos deusas, receptáculo de luz – não divas descartáveis, efêmeras, proclamando uma liberdade vazia de sentido.
Esse processo, em mim, tem sido extremamente prazeroso e rico em sensações e emoções diferentes. Tudo é vivido com muita intensidade. O corpo novo, em constante metamorfose, cada vez mais pleno. O ventre lunar, os seios. As alegrias da preparação. A maior aproximação com o companheiro, o aumento da cumplicidade.
No conhecimento de uma nova dimensão de amor, sinto que descubro mais do mundo e de mim mesma. E é estimulante pensar em tudo o que ainda tenho a conhecer e aprender. Imaginar a mãozinha pequenina que vai me guiar por caminhos novos, revelando-me todo um universo.
A espera vai terminando… Aqui no hemisfério norte é outono, minha estação preferida. Tudo está perfeito como o sorriso doce das folhas coloridas, e me pergunto se já haverá neve na janela quando ela chegar. Plutão fez seu trabalho, como o grande alquimista que é. E eu deixo a mão da vida guiar-me sem pressa e sem medo do futuro.

Patricia Ariel
Ilustradora, Arte-educadora e Astróloga, (futura) mãe de Isobel
solstitium@gmail.com
website: http://www.patricia-ariel.com
blog: http://inspirais.blogspot.com
Frankfort/USA

Ilustração
Patricia Ariel

Nossos parceiros: o básico e o luxo absolutamente essenciais

O Absoluta não deseja anunciantes apenas pelo faturamento publicitário. Queremos verdadeiros parceiros, gente que acredita na "causa", empresas, espaços, terapeutas, atuadores de um mundo novo, cuja proposta de trabalho esteja afinada com os ideais do Absoluta, da qual tenhamos orgulho de estampar em nossas páginas e em nossos espaços eletrônicos.
Anunciam com a gente terapeutas, professoras de dança, espaços holísticos e de espiritualidade, facilitadoras, eventos de paz, estéticas, etc. Ou seja: o básico e o luxo absolutamente essenciais, o que a mulher moderna precisa e gosta em seu dia a dia mas, acima de tudo, são propostas de trabalho aquarianas, ecológicas, alternativas, e não meramente dinheiristas.
Além dos anunciantes de produtos e serviços, contamos também com apoiadores, que trabalham com a gente numa aliança institucional, que se converte na prática em uma série de trocas de apoio logístico. São parceiros muito bem-vindos, aos quais agradecemos a sagrada companhia.

Crias






O primeiro instante

Nada deve atrapalhar os primeiros instantes de vida do bebê e da mãe. Com poesia, clareza e muita verdade, a jornalista Daniela Buono conta o parto normal com que teve sua filha. Apesar da beleza, o tom é quase de denúncia. Um alerta contra as violências do sistema hospitalar na hora tão sagrada do parto.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/o-primeiro-instante.html

A alquimia nada fácil das grávidas
Aquele tom quase beatífico da gravidez, vendido pela mídia, não existe. Tampouco é felicidade todo o tempo, pois tem também sua cota de angústia e medo. Patricia Ariel já passou por esse choque de realismo. Mas, como conta aqui num lindo depoimento, percebe que não há metamorfose sem dor. Render-se a esta, justamente, é a chave para mergulhar na magia do mundo.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/alquimia-nada-facil-das-gravidas.html


Festa de aniversário infantil saudável
O terapeuta holístico Alexandre Pimentel, especialista em Alimentação Alternativa, organizou uma festinha diferente para o "aniver" de cinco anos de sua filha, e nos mostra que é possível, sim, unir sabor com saúde, diversão com ecologia e festa com consciência.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/festa-de-aniversario-infantil-saudavel.html

Grávida tem cada uma!
De repente, a caminho de um exame de ultra-som no bebê, a grávida se descobre surpreendentemente calma. Que misteriosos caminhos acordam a coragem das futuras mamães? Regiane Silvério Bianchi de Araújo, engenheira, aponta um deles. Com humor e poesia.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/gravida-tem-cada-uma.html

Fraldas de pano: de olho na ecologia
Nem todos sabem, o poliacrilato de sódio (floc gel) é o grande vilão das alergias, pois algumas fraldas são tão absorventes que absorvem inclusive a umidade da pele sensível do bebê, o que praticamente gera uma venda casada com as pomadas contra assaduras. Questões como essa levaram uma fabricante de babyslings a projetar fraldas de pano, com formato semelhante ao descartável, incluindo camada impermeável e ajustável ao bebê através de velcro.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/fraldas-de-pano-de-olho-na-ecologia.html

Yoga: uma boa para as grávidas!
A dor do parto, em grande parte, é uma espécie de mantra que a desinformação da nossa cultura impregnou no coração de toda mulher que engravida. O despreparo acaba engolfando a gestante no ciclo vicioso do medo, tensão e dor. Mas você pode trocar tudo isso por endorfinas e bem-estar, preparando-se muito conscientemente para o parto. Uma das ferramentas mais eficientes para isso é o yoga, como ensina Fabiana Panassol.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/03/yoga-uma-boa-para-as-gravidas.html

Cuidados do Ayurveda para gestantes
Eixo básico da medicina da Índia, o Ayurveda estabelece profundas conexões da natureza, através dos elementos, com a constituição pessoal de cada um de nós. Sabrina Alves, focalizadora de círculos femininos, doula e especialista em Ayurveda para mulheres, nos indica vários cuidados naturais para as gestantes, mostrando que para esse conhecimento ancestral mãe/filho são uma célula única.
http://absoluta-focalizacao.blogspot.com/2010/12/cuidados-do-ayurveda-para-gestante.html



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Muito além do requebrar de quadris

Dançarinas com minúsculos biquinis e rostos vendados são ferramentas corriqueiras de marketing no país da famosa dança da garrafa. Tudo pela audiência, tudo para acordar o imaginário masculino e gerar consumo. A própria Dança dos Sete Véus ganha, aqui e ali, uma subliminar conotação de strip-tease.
Pois, direto de Goiânia, a experiente bailarina, professora e coreógrafa Nancy Ribeiro faz um alerta às leitoras do Absoluta no sentido de filtrarmos as distorções da mídia quanto à sensualidade artística e mergulharmos no verdadeiro espírito da bailarina de dança do ventre - que vai muito além do requebrar de quadris.


Desde que recebi do Absoluta o convite para falar sobre essa arte que me movimenta, venho pensando em como transmitir o seu verdadeiro valor. Ter a certeza da veracidade dos textos é de suma importância na mídia. E, hoje, poder contar com esta publicação do Absoluta para desmistificar o que já vem sendo vendido para as pessoas é de grande valia.
Infelizmente, a maioria das praticantes foi apresentada à Arte através de produtos de marketing como grupos de axé e dançarinas com minúsculos biquinis com rostos vendados - abusivas amostragens da "dança" como oferenda ao imaginário masculino. Claro, isso é que gera o famoso Ibope, não é mesmo? Um exemplo é o mito da Dança dos Sete Véus. Com toda a sua simbologia, é distorcida passando a ter uma conotação de strip-tease.


Vamos colocar cada qual no seu devido lugar. Aliás, no nosso país a palavra "sensualidade" é usada tanto para o seu sentido real quanto para o sexual. Quem não ouviu falar da "sensual dança da garrafa"? Pois a Dança Oriental Árabe é sensual por resgatar o estereótipo feminino, um dos seus inúmeros benefícios proporcionados. A mulher que pratica tem ciência do seu próprio corpo, promovendo o auto-conhecimento, a auto-estima e o despertar da mulher interior.

Com isso, vê os benefícios da dança chegando até no campo energético, descongestionando os chakras e plexos, liberando tensões, descontraindo, relaxando, libertando emoções reprimidas e purificando a mente. Mas, dançar para o parceiro não é o objetivo desta, e mesmo se for da vontade da que a procura, ela a fará de uma forma diferente da qual é feita por uma bailarina profissional. O que não a impede também dedicar seu trabalho para uma pessoa especial, assim como um jogador oferece seu gol ou um cantor, sua música.
A verdadeira bailarina de Dança do Ventre dedica-se ao estudo da Arte, desde a sua história até a interpretação necessária e condizente à que retrata. Para alguns que ainda crêem que é apenas um "requebrar" de quadris, vale lembrar que antes de taxar "pré"-conceitos, não devemos aceitar tudo o que é visto na mídia e, sim, procurar informações vindas de pessoas qualificadas sobre a cultura e a riqueza da dança de um povo.

Nancy Ribeiro
Bailarina, Professora e Coreógrafa
www.nancyribeiro.com.br
nancyribeiro.spaces.live.com
nancyinci@yahoo.com.br
GOIÂNIA/GO


Fotos: Arquivo pessoal

Sua dança é sua, não do outro

"Percebo situações que me agridem, enquanto amante, praticante e estudiosa de danças e também, como mulher, que luta por respeito; ambas sendo usadas de qualquer jeito, para qualquer finalidade e normalmente sem valor". Neste contundente depoimento, feito especialmente para o Absoluta, assim afirma Gleice Lemos Frioli (Shakty Shala), professora e dançarina, dedicada há 25 anos ao estudo de danças. Ela faz um importante alerta quanto à crescente comercialização e banalização da dança. "Quando alguém vê que algo está sobressaindo e que tem mercado, mesmo aquele que nada sabe ou sabe mas não tem profundidade, aproveita para também vender seu peixe. Outra questão aqui é: até que ponto consumimos qualquer bobagem ou conteúdo, sem questionar e comparar?", questiona Gleice.
E faz um importante chamamento às dançarinas desiludidas: "Sua dança é sua, não do outro. Encontre a sua e saiba usá-la com sabedoria, para você e para o outro que vem até você. Se cada uma de nós começar essa pequena transformação em seu interior, iniciaremos uma grande mudança, para benefício de todos nós, bailarinas ou não, para a dança ou para uma melhor convivência social, pois, quando as pessoas expressam livremente sua essência e se sentem confortáveis para tal, elas estão mais felizes consigo, e por conseguinte com o outro".
É isso aí! Acompanhem de perto este recado.



Estes dias, abri meu perfil no Orkut, e lá pairava um depoimento do Ricardo, convidando-me a escrever um texto sobre dança, no qual eu teria a liberdade de escolher se eu queria tornar o tema pessoal ou "científico" e técnico.
O mais cômico de tudo isso foi o momento em que o convite foi feito à minha pessoa. Momento este em que pondero os prós e os contras de trabalhar com Dança, e o desgaste da luta cotidiana, para valorizar e viver dessa arte, que convidam ao abandono do campo de batalhas, um renunciar ao amor.
Hoje, ao olhar a dança, digo que é com muita tristeza que observo uma certa deturpação de seus reais e primordiais valores. Para dar sustentação ao meu argumentar, puxo pela gênese de tal, onde os movimentos corporais e emocionais se uniam numa expressão ontogenética, ou um neologismo corporal inventado, em prol de uma comemoração, devoção, adoração, ritualisticamente falando. Onde o que menos importava era a estética ou o luxo das vestes, mas sim se tudo aquilo compunha um quadro de entrega para tal acontecimento e vivência, fossem estes ligados ao amor ou às guerras primitivas como rituais preparatórios.
A dança enquanto arte levou muitos anos para sair da estagnação e ser vista como manifestação artística de valor. Quando digo dança, não estou me referindo somente ao balé clássico ou contemporâneo, mas à dança como um todo, em todas as suas manifestações multiculturais. E, assim como culturas diferentes da nossa, sofre com preconceitos e adulterações de suas reais características, englobando novas invenções que podem denegrí-las ainda mais.
Existem, para mim, pontos que são de extrema relevância nesse assunto: o se permitir a dança e o entender a dança. O se permitir a dança é o momento em que dançamos e, para alguns, o estudo da mesma; por prazer ou como profissão. Embora o ponto mais complexo e fundamental não é o dançar, mas sim o entender a Dança. Pois ela não é só uma junção coordenada de movimentos ou esquemas complexos, é a entrega do corpo e da psique a outro estado do ser, uma rendição, mas ainda sim, consciente de si, resgatando e recordando quem somos. E quem a entende se torna a pura expressão manifesta e, cria, cria e recria, sem precisar copiar ou imitar padrões e idéias alheias, pois tudo flui e se encaixa. Maieuticamente, descobrindo verdades que já possuíamos, embora as desconhecêssemos.

Quem entende o dançar, fica emocionado e se identifica com o pequeno Billy Elliot, quando diz: "No começo é difícil, mas depois que começo, eu esqueço tudo. E desapareço. Parece que desapareço. Eu sinto uma mudança no meu corpo todo, como se tivesse um fogo. E eu fico ali. Voando. Como um pássaro. Como a eletricidade. É. Eletricidade." (Stephen Daldry, filme Billy Elliot, 2000).

A dança tem em si o dom de transformar, reconectar, de curar e confortar desde quem a pratica como quem a assiste. Mas, em sua dualidade, pode ter efeitos contrários. Assim como a diferença entre o remédio e o veneno só esta na dosagem, a dança se consumida erroneamente nos faz mal... Quando um aluno ou nós "entregamos" nosso corpo na mão e na ideologia de um professor, estamos correndo o risco de sairmos dali, mudados, com dores de coluna e levando ideias infundadas.

Até que ponto? - Percebo aí situações que me agridem, enquanto amante, praticante e estudiosa de danças e também, como mulher, que luta por respeito; ambas sendo usadas de qualquer jeito, para qualquer finalidade e normalmente sem valor. Você já colocou a palavra dançarina no Google e fez uma pesquisa?... é de assustar!!! A dança tem se tornado algo extremamente comercial em todos os aspectos, seja para trabalhar o físico, a sedução ou conexão espiritual, pois quando alguém vê que algo está sobressaindo e que tem mercado, mesmo aquele que nada sabe ou sabe mas não tem profundidade, aproveita para também vender seu peixe. Outra questão aqui é: até que ponto consumimos qualquer bobagem ou conteúdo, sem questionar e comparar???
Deixo claro que isto não é uma crítica, afinal de contas sou a primeira a levantar a bandeira para dizer: "Ei, a dança é sua, use-a para si e como quiser...". Mas sim como um alerta, para que haja uma abertura de pensamentos, um resgate de sua essência, um romper com padrões. Pois a dança é em si muito mais do que isso. Para a dança, não importa se você é alto ou baixo, feio ou bonito, "turbinada" ou não, novo ou velho, não importa gênero ou opção sexual, não importa religião, só importa que você esteja preparado para ela, para vivenciá-la, sentí-la, e acima de tudo permitir que ela possa lhe trazer mudanças e novos horizontes. Para que, assim, você a entenda e aprenda a usá-la a seu favor.
A dança nunca deve ser o Leito de Procusto (*), onde tentamos nos encaixar em regras e ideais corporais, que nos mutilam ou nos levam à frustração tentando alcançá-los, até ocorrer o nosso desmembramento enquanto pessoa. Já vi mulheres que se realizavam dançando abandonando a dança porque, depois de muita dedicação e prática, não obtiveram um feedback positivo, sentindo-se julgadas e tolhidas alheiamente. O trabalho de resgatar a essência do dançar está no resgatar o amor próprio e a autoconfiança, além do respeito e aceitação do outro. Quando resgatarmos isso, resgataremos essas "dançarinas" desiludidas, resgataremos também o respeito no olhar do outro e celebraremos a diversidade.

Sua dança é sua, não do outro. Sua dança é a manifestação do seu ser; sendo assim, é única, como cada um de nós. Encontre a sua e saiba usá-la com sabedoria, para você e para o outro que vem até você. Se cada uma de nós começar essa pequena transformação em seu interior, iniciaremos uma grande mudança, para benefício de todos nós, bailarinos ou não, para a dança ou para uma melhor convivência social, pois, quando as pessoas expressam livremente sua essência e se sentem confortáveis para tal, elas estão mais felizes consigo, e por conseguinte com o outro.
(*) Para quem não conhece, na mitologia grega há um mito que se chama "O leito de Procusto" e conta a história de um bandido, Procusto, que vivia em uma floresta e possuía uma grande cama. Todos que passavam pela floresta eram presos por ele e colocados em sua cama. Sendo que, os que eram muito grandes, ele lhes cortava os pés, e se eram muito pequenos, Procusto os esticava, para que se encaixassem na cama dentro de seu padrão.


Gleice Lemos Frioli (Shakty Shala)
Dedica-se ao estudo de danças há 25 anos, e dança oriental há 14 anos, e é criadora do trabalho Dança do Sagrado Feminino. Estuda o sagrado feminino desde 1994 e aplica-o em suas aulas e danças. Seu trabalho é direcionado ao fusionamento de danças com dança oriental, explorando o universo dessa arte através dos arquétipos femininos para promover o encontro da totalidade do feminino com seu corpo em suas mais amplas expressões. Atua no Rio de Janeiro e São Paulo.
http://www.dancadosagradofeminino.com/
shaktyshala@gmail.com

RIO DE JANEIRO/RJ


Fotos: Arquivo pessoal

Dança do Ventre, suas origens e a realidade atual

De origem ritualística com fins religiosos, a dança do ventre migrou para o Ocidente, diluiu-se enquanto espiritualidade, e ficou reduzida a uma dimensão de entretenimento. Para relatar os detalhes desta transição, convidamos Cinara Klein, bailarina, professora e estilista de trajes de dança do ventre, que também nos situa a respeito da realidade brasileira atual, destacando dificuldades mas também renovações, como espetáculos com temática de defesa do meio-ambiente.

Existem muitas controvérsias com relação à origem da Dança do Ventre. Não se sabe ao certo a data e a região onde surgiram as primeiras danças dos rituais de fertilidade. Os principais registros afirmam que as danças realizadas nos rituais sagrados surgiram em várias regiões do Oriente como Egito, Suméria, Pérsia e Turquia. A data aproximada é de 7.000 A.C.
A dança realizada nos rituais era de caráter religioso, numa época em que a religião tinha uma grande importância na vida diária das pessoas. Aos poucos, a dança foi perdendo essa característica de ritual e passou por uma transição, tornando-se também entretenimento.
Por ser uma forma de expressão ousada e sensual, segundo Wendy Buonaventura (1998), começou a gerar polêmica entre homens e mulheres. Ao mesmo tempo em que todos gostavam de assistir às bailarinas dançando, não a consideravam uma atividade aceitável para mulheres de respeito.
Esse preconceito era mais forte com relação às ciganas (gawasee); elas dançavam nas ruas e praças, divertindo seus espectadores, mas não eram consideradas dignas de confiança. As "gawasee" eram discriminadas na sociedade por terem hábitos diferentes e serem minoria naquela região do Cairo. Elas eram pobres e dançavam para ganhar dinheiro, assim como outros animadores.
Apesar disto, a dança foi se desenvolvendo e sendo praticada também por mulheres versadas em artes, as "Awalim", que eram cultas e requintadas. Estas bailarinas dançavam em festas e lugares luxuosos, utilizando o véu como acessório. Em meados do séc. XIX, surgiu a dança "Baladi" (dança solo feminina), que causou grande fascínio no mundo inteiro, marcando a Era Orientalista, e a dança espalhou-se pelo Ocidente.

Surgiram bailarinas que ficaram famosas por seu estilo marcante. Mesmo existindo muitos obstáculos no caminho, a dança disseminou-se pelo mundo provocando grande fascínio em homens e mulheres. Por ser uma forma livre de expressão, provocava emoção nas pessoas. Depois que se alastrou no mundo, foi adquirindo traços de outras danças, caracterizando o que conhecemos hoje por "dança do ventre clássica". Assim, a dança passou a fazer parte de grandes espetáculos, atraindo mulheres do mundo inteiro que começaram a praticá-la. Atualmente, existe a dança do ventre moderna, que mistura passos de outras danças e exige um figurino mais contemporâneo, com muito brilho. Esse estilo proporciona interação entre o público e a bailarina, como na época das "gawasee". Por isso, acredito que, mesmo tendo surgido muitas mudanças e vários estilos dentro dessa dança de origem sagrada, sua essência ainda permanece. A dança do ventre sempre proporcionou inúmeros benefícios para suas praticantes, e vem sendo estudada e analisada ao longo dos anos.

A realidade brasileira - A dança do ventre vem sendo difundida no mundo inteiro, conforme a cultura de cada País. No Brasil, podemos encontrar bailarinas tanto nas grandes cidades, como em lugares com menor número de habitantes. Ainda assim, a dança do ventre não é devidamente reconhecida no mundo da arte pois, infelizmente, as pessoas que realmente conhecem e entendem o que ela representa, geralmente são as que têm alguma ligação com as bailarinas e que estão mais integradas no processo. As pessoas em geral ainda não demonstram muito interesse nos espetáculos de dança do ventre, a não ser para assistir bailarinas da própria família ou com algum elo de amizade. Ouve-se muito que as apresentações são repetitivas, cansativas e que falta criatividade... Em parte, até concordo: os espetáculos geralmente são muito parecidos e os temas quase sempre são os mesmos mas acredito que isso já está mudando. No mundo em que vivemos, a liberdade de expressão é fundamental para quem acredita nas mudanças; como a dança é uma forma de expressão, já existem bailarinas que acreditam que a dança deve ser livre, para, através dela, expressar nossos sentimentos mais profundos.
Aqui mesmo em Porto Alegre, já tivemos alguns exemplos de espetáculos que se destacaram pelo seu propósito. Um deles, que posso citar, foi a "Dança do Verde", que trazia como tema a preservação do meio-ambiente. Foi um espetáculo que obteve um retorno real do público, inclusive de pessoas que não eram ligadas e nem conheciam a dança do ventre. Houve uma boa repercussão e o objetivo principal foi atingido, pois as organizadoras do evento e as bailarinas conseguiram sensibilizar as pessoas. Houve também outros espetáculos em que o elenco conseguiu tocar o público, por isso acredito que a área da dança poderá crescer através da vontade e liberdade das pessoas de se expressarem através dessa arte, que merece ser apreciada por seu real valor.
Parece difícil tocar as pessoas através da dança, mas não é algo impossível. Quando nos entregamos para a dança de corpo e alma, com um propósito, as pessoas sentem... Felizmente, podemos contar com muitas bailarinas e profissionais da dança que realizam um ótimo trabalho neste meio, com a intenção e o propósito de sensibilizar as pessoas com a dança e toda a beleza que a envolve.

Cinara Klein
Fisioterapeuta, bailarina, professora e estilista de trajes de Dança do Ventre
http://www.cinaraklein.com.br
cinara@cinaraklein.com.br
PORTO ALEGRE/RS



Fotos: Arquivo pessoal

Dançar conectada é estar em casa

Dançar em público é uma energia. Dançar só, apenas você e mais ninguém, é outra. Distante das platéias e dos olhares, quando você se permite deixar de pensar em técnica, quando se esvazia e não pensa em absolutamente nada, então você flui e passa a dançar conectada com o cosmo.
Carla Lampert, focalizadora, bailarina e professo
ra de dança do ventre com ênfase no Feminino Sagrado, pode nos falar com autoridade sobre o tema. Ela nos conta que "dançar pensando não nos conecta com nada, dançar preocupada com a técnica não traz nenhum prazer e pode ser até torturante. É preciso dançar em paz, com entrega, é preciso SER a dança e amar a dança em si e não as suas vantagens". Carla também afirma que este gênero de dança envolve uma sensualidade tão profunda que ultrapassa o conceito comum a respeito pois vem de uma energia sexual profunda, a energia kundalínica, através da qual podemos abrir nossa conexão com o espírito e é aí que toda a magia acontece.

Aprendi há muito tempo e de uma forma misteriosa que dançar é estar no universo, entre as estrelas e, ao mesmo tempo, voar para dentro de mim mesma e encontrar a divindade em mim.
Minha deusa interior costuma se manifestar em minhas danças, e mais profundamente naquelas que realizo só, longe das platéias e dos olhares, quando posso deixar de pensar em técnica e dançar conectada, pensando em nada, viajando para dentro de mim enquanto meu corpo acompanha a música. Mas já dancei neste estado de conexão também em público algumas vezes e foram experiências inesquecíveis, é como realmente estar em casa, na casa da alma....
Não sei explicar intelectualmente qual é a magia da dança, mas há algo de alquímico no dançar que faz com que meu corpo, minha alma e minha mente estejam em perfeita harmonia. Durante qualquer atividade humana um deles sempre vai predominar e quase sempre a mente quer estar no comando do corpo e dos sentimentos; porém, quando danço, toda essa disputa interna silencia, é como se cada um fosse para o seu canto e um enorme espaço vazio se abrisse para a alma entrar ali. É quando chego nesse ponto que danço plenamente. Todas as vozes internas se acalmam e a dança flui sempre intensamente. O corpo se dissolve na alma e a alma se dissolve no corpo, e uma maravilhosa sensação de alegria reverbera.
Dançando para si mesma, uma mulher pode se permitir ser sensual para si própria, admirar-se e ter orgulho de seu corpo de mulher, sentir de perto seu poder, suas raízes ligadas a todas as deusas. Pode brincar com a sua sensualidade e se libertar de qualquer repressão sexual, descobrir sua sexualidade, entendê-la, respeitá-la e descobrir como é bom estar junto de si mesma, junto de seu próprio corpo e da sua capacidade de sentir prazer. Simplesmente é o arquétipo da Deusa Afrodite que entra em cena, saindo da sombra dos sentimentos e impulsos reprimidos, trazendo a magia do amor por si mesma e a capacidade de se relacionar, a criatividade e a fluidez.

A dança do ventre envolve uma sensualidade tão profunda que ultrapassa o próprio conceito comum de sensualidade pois vem de uma energia sexual profunda, a energia kundalínica. Esta energia quando e se bem canalizada pode abrir nossa conexão com o espírito e é aí que toda a magia acontece, é aí que toda a fusão se dá, o coração e o corpo conectados, a energia fluindo entre os dois criando um verdadeiro movimento, uma verdadeira força.

Dançar pensando não nos conecta com nada, dançar preocupada com a técnica não traz nenhum prazer e pode ser até torturante. É preciso dançar em paz, com entrega, é preciso SER a dança e amar a dança em si e não as suas vantagens. A dança do ventre pode e deve ser um canal de conexão da mulher com a sua Deusa Interior, o que não significa fazer da dança uma arma de sedução ou com propósitos egóicos, pelo contrário, quem dança com este propósito não sai do chão.
Como eu gosto de voar entre as estrelas, me desapego de qualquer vantagem ou resultado da dança e aproveito tudo que ela traz de mágico e transcendente para mim, a possibilidade de manifestar a Deusa, de sentir uma forma de êxtase e de estar no melhor lugar do mundo - dentro de mim mesma.

Carla Lampert
Focalizadora do Magdala Círculo Feminino Essencial, Bailarina e Professora de Dança do Ventre com ênfase no Feminino Sagrado, e Relações Públicas
PORTO ALEGRE/RS



Fotos: Arquivo pessoal

Mover-se dançando em direção à vida!!!

Criança pula, se atira no chão, planta bananeira. Adultos acham bonitinho mas não se permitem mais a essa mesma alegria. Preocupados com as ilusões do que seja ou não ridículo, estagnamos e mofamos. Perdemos vitalidade e flexibilidade. Estamos meio mortos mas Rute Rodrigues, psicóloga e focalizadora de biodanza, nos chama pra vida, contando que dançar é readquirir intimidade corporal, e esta é a grande chave mágica do movimento. Quando nos oportunizamos dançar em público, temos a chance de vencer as barreiras da identificação alheia, para sermos idênticos a nós mesmos e crescermos. E, quem sabe, juntarmos outros corajosos, outros inteiros para a dança da vida.

Algo que nos consome: a retidão dos corpos... nossa emoção congelada pelo privilégio do pensar, as marcas deixamos se endurecerem em nossa tensão corporal... quando fluímos, quando movemos em direção ao suave, ao tranqüilo? Ah, quando tentamos dormir? Mas aí estamos semi-parados! E, semi-parados, seguimos em cima de saltos altos ou engravatados, caminhando pelas ruas apressados em carregar este corpo que resolveu vir junto com a alma ao mundo. Ele vai como apêndice dos pensamentos, que nos carregam, geralmente, para longe dali. Ops, olha o carro, vira ali, entra adiante. Pausa para localizar-se. E, em seguida, voltamos a desligar os sentidos para ligar o mental.
Nossos corpos domesticados passam a reproduzir movimentos. Só o movimento aprendido e estandartizado é permitido. Não há permissão para pular, rodar, rodopiar, saltar, virar minhoca (movimento sinuoso). A pessoa se sente inadequada se não fizer o movimento padrão. Fica diante do ridículo. Criança até 5, 6 anos, não sabe o que é isso. Ela corre e pula se quer. Bate pés, se sacode quando ouve música que gosta. Ri de rolar no chão. Ah, rola no chão. Planta bananeira para experimentar ver o mundo de outras maneiras. Se joga no chão, e curiosamente não se machuca, sabe cair. Achamos lindos, nós, os adultos... mas criança pode, adulto não pode, é ridículo. Às crianças estão permitidas as vivências. O movimento surge da interação espontânea, longe dos conceitos entre certo e errado, ou bonito e feio - que a noção moral carrega e nomeia de ridículo. O julgamento do ridículo é uma prisão, algema da alma. Tanto faz se somos nós ou os outros que julgam.

Nossas cadeias são fortalecidas pela culpa e pelo medo de inadequação que o ridículo nos oferece. Seguimos acomodados sem abrir mão de ultrapassá-lo e alcançar algum tipo de êxtase no movimento. Permanecemos reproduzindo movimentos que vão perdendo sentido, alimentando mal-estar sem ao menos saber que ali ele está localizado... mas não nos soltamos, não nos permitirmos. Talvez nem passe pela cabeça, que ironia!

Prazer? Às vezes - E ficamos ali - "Todo dia ela faz tudo sempre igual..." - presos nas nossas pseudocertezas corporais. Perdemos-nos da inteireza, pois vamos vivendo separados, a cabeça ordenando o organismo, esquecendo que cabeça é organismo e este, parado, adoece. A vitalidade vai embora, a pulsação fica restrita a comer e dormir. Prazer? Às vezes sexual e digo, genital, pois tão localizado, o organismo tão estratificado que os genitais ficam super responsáveis pelo prazer, e por vezes até "falham" diante de tanta pressão. Sem dançar, sem mover, perdemos a intimidade com nossa localização material, orgânica. Perdemos em intimidade conosco. Perdemos a amplidão espacial. Dançar é readquirir intimidade corporal. É deixar de ir onde a cabeça quer, e ir onde o movimento nos leva a partir da integração ouvir o som/sentir/e agir. É transformar-se na música, perder limites, é entrega. Dançar é co-criação: música e movimento autêntico, unitário, identificador. Tem a coreografia, legal. Mas e o teu movimento, a tua expressão, qual é? Qual a permissão que você oferece para sentir mais, mover-se seguindo a intuição entre som e gesto? Aí vamos além, aí nos experimentamos profundamente em liberdade, sem amarras.
Dançar perdendo-se na música é a grande possibilidade de se encontrar, consigo, com a vitalidade, com o pulsar do coração... imagine, ouvir o coração, ouvir um novo som que sai de dentro da gente, mas que estamos surdos se ele não se acelera. Criar uma nova dança que quebre o ritmo da repetição maquinal sem fim e reestabeleça novos ritmos, orgânicos. Não precisa ser algo explosivo, se bem que também pode ser. Podem ser movimentos lentos, tônicos, suaves e redondos. E ali, na tranqüilidade do gesto, podemos sim ouvir nosso pulsar, nosso organismo, nosso ser, informando: estou vivo!
Se precisamos estar trancados no banheiro para fazer caretas, dançar e cantar. Se reservamos ao chuveiro nosso momento de ser. Se precisamos da licença do privado que nos afasta do olhar do outro, que traduz nosso próprio olhar. Se ainda estamos com vergonha de nós mesmos, ok! Vale o exercício. Mas quando nos oportunizamos dançar em público, quando nos arriscamos a compartilhar nosso movimento ao olhar alheio, temos a chance de vencermos o ridículo. De vencermos as barreiras da identificação alheia, para sermos idênticos a nós mesmos e crescermos. E, quem sabe, juntarmos outros corajosos, outros inteiros para a dança da vida.

Rute Rodrigues
Psicóloga, Esp. Arteterapia, Biodanza, Esp.Terapia de Famílias e Casais, Dinâmica dos Grupos, Ludoterapia.
Atende em consultório clínico e desenvolve atividades em grupos para pessoas em busca de melhor qualidade de vida afetiva.
rutepoa@terra.com.br
PORTO ALEGRE/RS


Foto: Stella Brazil, clicada por Clau Fogolin; ambos fotógrafos de Maringá, PR
http://www.flickr.com/photos/stella_foto
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E os homens, hein?!!!

Muita gente nos pergunta porque a opção preferencial pelas mulheres. Em primeiro lugar, não é exatamente pelas mulheres enquanto gênero, como se fossem uma metade da planeta. Precisamos deixar de ver a mulher como uma mera cópia em negativo do original masculino, ou como a costela de um ser superior e mais antigo.

Mulheres são, a rigor, uma overdose da energia Yin do planeta, que habita todos os Seres, inclusive machos. Da mesma forma que as fêmeas também dispõem da vibe Yang.
Nem mesmo as polaridades Yin e Yang são separadas, elas se interpenetram, se fundem, e ainda assim são avaliações reduzidas de algo muito maior, quase intraduzível - a soma sagrada desses eixos inversos e complementares, que a cultura oriental chama de Tao. O princípio feminino, presente em diferentes proporções no homem e na mulher, gera disponibilidade para o cuidado, para a espera, para a receptividade, assim como o princípio masculino, existente também em diferentes doses no homem e na mulher, cria abertura para a iniciativa, a exteriorização, a estruturação da razão.
Ambos são absolutamente legítimos e necessários em seus contextos específicos. Mas a História terráquea tem privilegiado o princípio masculino, entortando a raça humana para um lado, bombando o racionalismo e a lógica cartesiana – inclusive nas próprias fêmeas.
Não se trata de queixas panfletárias, mas de compreender primeiramente que o mundo adoeceu quando fez esta escolha por uma das polaridades, erguendo instituições e ideologias a favor dos valores masculinos como se fossem naturais e “normais”.
Precisamos empatar esse jogo.
Pelo bem de todos.

Estilo Tribal, a dança do novo milênio?

O Estilo Tribal é relativamente recente no mundo da dança, mas bebe na fonte de diversas culturas antigas e mistura tudo numa alquimia de tom contemporâneo. Uma de suas facetas mais interessantes é a improvisação coordenada, semelhante à brincadeira de "siga o líder", baseando-se numa série de códigos e sinais corporais que as bailarinas aprendem para se comunicar entre si durante a apresentação.
No caldeirão da universalização, aponta como um estilo visionário...
Mahaila Diluzz é dançarina e facilitadora desta modalidade. Em formação acadêmica como assistente social, desenvolveu trabalhos com mulheres de baixa renda na área da saúde, prevenção de DST, planejamento familiar e direito da mulher, o que lhe proporcionou amplo conhecimento sobre psicologia e anatomia feminina. Depois fez teatro e biodança, pratica dança do ventre desde 1993, abriu seu estúdio, promoveu eventos, recebeu premiações e, com tudo isso, gosta de passar seu lema a todas as mulheres que a procuram: “Viva melhor”.


Não é folclore, nem é etnicamente tradicional. O Estilo Tribal é uma modalidade de dança que funde conceitos e movimentos de danças étnicas das mais variadas regiões, como Dança do Ventre, Flamenco, Dança Indiana e Dança Havaiana, além de folclores de diversas partes do Oriente e danças tribais da África Central.
Falar sobre Tribal é mostrar, com o corpo, a rede cultural dos povos do mundo. O termo se refere à comunidade, grupo, família, aspectos do feminino que trabalham a preservação da espécie, o cuidado com o outro, a manutenção da vida e do lar. É uma dança ecológica até em seu figurino, pois faz utilização de sementes, flores, conchas e tudo o mais que remeta à ancestralidade e naturalidade. Cada trupe ou tribo cuida dos seus integrantes objetivando a harmonia do todo. Para dançar Tribal é preciso conhecer as etnias que irão compor o estilo através de estudo, o que fará com que nos aproximemos das diversidades culturais, dando margem à nossa compreensão das mesmas. Neste estudo, acabamos por encontrar nas diferenças, justamente, grandes semelhanças de movimentos. Ricos em significados e símbolos próprios, trazidos à luz do Tribal através das mesclas, harmonizam-se quanto à intenção de tornar pública a arte de cada cultura. Dançar Tribal é celebrar e propor a paz e a harmonia entre os povos de todas as raças e credos... Assim, o Tribal seria a dança do novo milênio, da universalização, da globalização. A Dança do futuro!

Histórico - A vertente surgiu nos EUA, em 1969, quando a bailarina Jamila Salimpour, ao fazer uma viagem ao Oriente, se encantou com os costumes dos povos tribais. De volta à América, Jamila resolveu inovar e mesclar as diversas manifestações culturais que havia conhecido em viagem. Com sua trupe Bal Anat, passou a desenvolver coreografias que utilizavam acessórios das danças folclóricas e passos característicos da dança oriental, baseando-se em lendas tradicionais do Oriente para criar uma espécie de dança-teatro, acrescentando um figurino inspirado no vestuário típico das mulheres orientais.
Uma forte característica trazida das danças tribais é a coletividade. Não há performances solos no Estilo Tribal. As bailarinas, como numa tribo, celebram a vida e a dança em grupo.
Nos anos 1980, novas trupes já haviam se espalhado pelos EUA. Masha Archer, discípula de Jamila, ensina à Carolena Nericcio a técnica criada por Jamila baseada nos trabalhos de repetição e condicionamento muscular do Ballet Clássico adaptados aos movimentos das danças étnicas. Incentivada pelas diferenciações do novo estilo, Carolena forma sua própria trupe e dá novos contornos à história do Estilo Tribal.

Com sua trupe Fat Chance Belly Dance, inseriu no Estilo Tribal a característica mais forte do Estilo Tribal Americano: a improvisação coordenada. Este sistema de improvisos parece uma brincadeira de "siga o líder" e baseia-se numa série de códigos e sinais corporais que as bailarinas aprendem, trupe a trupe. Esses sinais indicam qual será o próximo movimento a realizar, quando haverá transições, trocas de liderança, etc.
Uma nova postura foi adotada pelas bailarinas desse estilo, inspirada no flamenco, com posições corporais diferenciadas visando maior amplitude aos movimentos.

Nos anos 90, o Estilo Tribal passou a demonstrar a presença de outras danças. Além da Dança do Ventre, introduziu Dança Indiana, Flamenco, dança moderna e jazz. Nasce ai o Neo Tribal, um sub-estilo que já não se mantém preso ao sistema de sinalização do Estilo Tribal Americano, trabalha com peças coreografadas e ganha liberdade com a adição de novos movimentos, inovações cênicas, acessórios e composição de figurino.
Em 2002, no Brasil, Shaide Halim cria a Cia. Halim Dança Étnica Contemporânea – a primeira trupe tribal do Brasil, criando assim o Estilo Tribal Brasileiro. Desenvolvendo um trabalho baseado nestas modificações pelas quais o estilo passou, inova mais uma vez ao trabalhar com as danças de uma forma mais homogênea. A Cia. Halim tem seu trabalho coreográfico orientado pela composição musical, dando ênfase a uma ou outra modalidade de dança, seja esta oriental, indiana, africana ou brasileira, a partir do tema musical.
O Estilo Tribal Brasileiro chegou a Porto Alegre neste ano de 2006, através de um workshop realizado por Shaide Halim, produzido pelo Estúdio Mahaila Diluzz, que agora vem ensinando o método Cia Halim. Nosso objetivo é divulgar e difundir o Estilo Tribal Brasileiro, imprimindo neste, a marca de nossa cultura, criando uma nova forma de expressão inovadora, pois acreditamos no potencial criativo de nossa gente.

Mahaila Diluzz
Dançarina e Professora
Dança do Ventre, Dança Cigana, Dança Indiana, Dança Havaiana, Dança de Salão e Dança Étnica Contemporânea/Tribal
mahailadiluzz@hotmail.com
Porto Alegre/RS



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