Muita gente nos pergunta porque a opção preferencial pelas mulheres. Em primeiro lugar, não é exatamente pelas mulheres enquanto gênero, como se fossem uma metade da planeta. Precisamos deixar de ver a mulher como uma mera cópia em negativo do original masculino, ou como a costela de um ser superior e mais antigo.
Mulheres são, a rigor, uma overdose da energia Yin do planeta, que habita todos os Seres, inclusive machos. Da mesma forma que as fêmeas também dispõem da vibe Yang.
Nem mesmo as polaridades Yin e Yang são separadas, elas se interpenetram, se fundem, e ainda assim são avaliações reduzidas de algo muito maior, quase intraduzível - a soma sagrada desses eixos inversos e complementares, que a cultura oriental chama de Tao. O princípio feminino, presente em diferentes proporções no homem e na mulher, gera disponibilidade para o cuidado, para a espera, para a receptividade, assim como o princípio masculino, existente também em diferentes doses no homem e na mulher, cria abertura para a iniciativa, a exteriorização, a estruturação da razão.
Ambos são absolutamente legítimos e necessários em seus contextos específicos. Mas a História terráquea tem privilegiado o princípio masculino, entortando a raça humana para um lado, bombando o racionalismo e a lógica cartesiana – inclusive nas próprias fêmeas.
Não se trata de queixas panfletárias, mas de compreender primeiramente que o mundo adoeceu quando fez esta escolha por uma das polaridades, erguendo instituições e ideologias a favor dos valores masculinos como se fossem naturais e “normais”.
Precisamos empatar esse jogo.
Pelo bem de todos.
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