Dançar em público é uma energia. Dançar só, apenas você e mais ninguém, é outra. Distante das platéias e dos olhares, quando você se permite deixar de pensar em técnica, quando se esvazia e não pensa em absolutamente nada, então você flui e passa a dançar conectada com o cosmo.
Carla Lampert, focalizadora, bailarina e professora de dança do ventre com ênfase no Feminino Sagrado, pode nos falar com autoridade sobre o tema. Ela nos conta que "dançar pensando não nos conecta com nada, dançar preocupada com a técnica não traz nenhum prazer e pode ser até torturante. É preciso dançar em paz, com entrega, é preciso SER a dança e amar a dança em si e não as suas vantagens". Carla também afirma que este gênero de dança envolve uma sensualidade tão profunda que ultrapassa o conceito comum a respeito pois vem de uma energia sexual profunda, a energia kundalínica, através da qual podemos abrir nossa conexão com o espírito e é aí que toda a magia acontece.
Aprendi há muito tempo e de uma forma misteriosa que dançar é estar no universo, entre as estrelas e, ao mesmo tempo, voar para dentro de mim mesma e encontrar a divindade em mim.
Minha deusa interior costuma se manifestar em minhas danças, e mais profundamente naquelas que realizo só, longe das platéias e dos olhares, quando posso deixar de pensar em técnica e dançar conectada, pensando em nada, viajando para dentro de mim enquanto meu corpo acompanha a música. Mas já dancei neste estado de conexão também em público algumas vezes e foram experiências inesquecíveis, é como realmente estar em casa, na casa da alma....
Não sei explicar intelectualmente qual é a magia da dança, mas há algo de alquímico no dançar que faz com que meu corpo, minha alma e minha mente estejam em perfeita harmonia. Durante qualquer atividade humana um deles sempre vai predominar e quase sempre a mente quer estar no comando do corpo e dos sentimentos; porém, quando danço, toda essa disputa interna silencia, é como se cada um fosse para o seu canto e um enorme espaço vazio se abrisse para a alma entrar ali. É quando chego nesse ponto que danço plenamente. Todas as vozes internas se acalmam e a dança flui sempre intensamente. O corpo se dissolve na alma e a alma se dissolve no corpo, e uma maravilhosa sensação de alegria reverbera.
Dançando para si mesma, uma mulher pode se permitir ser sensual para si própria, admirar-se e ter orgulho de seu corpo de mulher, sentir de perto seu poder, suas raízes ligadas a todas as deusas. Pode brincar com a sua sensualidade e se libertar de qualquer repressão sexual, descobrir sua sexualidade, entendê-la, respeitá-la e descobrir como é bom estar junto de si mesma, junto de seu próprio corpo e da sua capacidade de sentir prazer. Simplesmente é o arquétipo da Deusa Afrodite que entra em cena, saindo da sombra dos sentimentos e impulsos reprimidos, trazendo a magia do amor por si mesma e a capacidade de se relacionar, a criatividade e a fluidez.
A dança do ventre envolve uma sensualidade tão profunda que ultrapassa o próprio conceito comum de sensualidade pois vem de uma energia sexual profunda, a energia kundalínica. Esta energia quando e se bem canalizada pode abrir nossa conexão com o espírito e é aí que toda a magia acontece, é aí que toda a fusão se dá, o coração e o corpo conectados, a energia fluindo entre os dois criando um verdadeiro movimento, uma verdadeira força.
Dançar pensando não nos conecta com nada, dançar preocupada com a técnica não traz nenhum prazer e pode ser até torturante. É preciso dançar em paz, com entrega, é preciso SER a dança e amar a dança em si e não as suas vantagens. A dança do ventre pode e deve ser um canal de conexão da mulher com a sua Deusa Interior, o que não significa fazer da dança uma arma de sedução ou com propósitos egóicos, pelo contrário, quem dança com este propósito não sai do chão.
Como eu gosto de voar entre as estrelas, me desapego de qualquer vantagem ou resultado da dança e aproveito tudo que ela traz de mágico e transcendente para mim, a possibilidade de manifestar a Deusa, de sentir uma forma de êxtase e de estar no melhor lugar do mundo - dentro de mim mesma.
Carla Lampert
Carla Lampert, focalizadora, bailarina e professora de dança do ventre com ênfase no Feminino Sagrado, pode nos falar com autoridade sobre o tema. Ela nos conta que "dançar pensando não nos conecta com nada, dançar preocupada com a técnica não traz nenhum prazer e pode ser até torturante. É preciso dançar em paz, com entrega, é preciso SER a dança e amar a dança em si e não as suas vantagens". Carla também afirma que este gênero de dança envolve uma sensualidade tão profunda que ultrapassa o conceito comum a respeito pois vem de uma energia sexual profunda, a energia kundalínica, através da qual podemos abrir nossa conexão com o espírito e é aí que toda a magia acontece.
Aprendi há muito tempo e de uma forma misteriosa que dançar é estar no universo, entre as estrelas e, ao mesmo tempo, voar para dentro de mim mesma e encontrar a divindade em mim.
Minha deusa interior costuma se manifestar em minhas danças, e mais profundamente naquelas que realizo só, longe das platéias e dos olhares, quando posso deixar de pensar em técnica e dançar conectada, pensando em nada, viajando para dentro de mim enquanto meu corpo acompanha a música. Mas já dancei neste estado de conexão também em público algumas vezes e foram experiências inesquecíveis, é como realmente estar em casa, na casa da alma....
Não sei explicar intelectualmente qual é a magia da dança, mas há algo de alquímico no dançar que faz com que meu corpo, minha alma e minha mente estejam em perfeita harmonia. Durante qualquer atividade humana um deles sempre vai predominar e quase sempre a mente quer estar no comando do corpo e dos sentimentos; porém, quando danço, toda essa disputa interna silencia, é como se cada um fosse para o seu canto e um enorme espaço vazio se abrisse para a alma entrar ali. É quando chego nesse ponto que danço plenamente. Todas as vozes internas se acalmam e a dança flui sempre intensamente. O corpo se dissolve na alma e a alma se dissolve no corpo, e uma maravilhosa sensação de alegria reverbera.
Dançando para si mesma, uma mulher pode se permitir ser sensual para si própria, admirar-se e ter orgulho de seu corpo de mulher, sentir de perto seu poder, suas raízes ligadas a todas as deusas. Pode brincar com a sua sensualidade e se libertar de qualquer repressão sexual, descobrir sua sexualidade, entendê-la, respeitá-la e descobrir como é bom estar junto de si mesma, junto de seu próprio corpo e da sua capacidade de sentir prazer. Simplesmente é o arquétipo da Deusa Afrodite que entra em cena, saindo da sombra dos sentimentos e impulsos reprimidos, trazendo a magia do amor por si mesma e a capacidade de se relacionar, a criatividade e a fluidez.
A dança do ventre envolve uma sensualidade tão profunda que ultrapassa o próprio conceito comum de sensualidade pois vem de uma energia sexual profunda, a energia kundalínica. Esta energia quando e se bem canalizada pode abrir nossa conexão com o espírito e é aí que toda a magia acontece, é aí que toda a fusão se dá, o coração e o corpo conectados, a energia fluindo entre os dois criando um verdadeiro movimento, uma verdadeira força.
Dançar pensando não nos conecta com nada, dançar preocupada com a técnica não traz nenhum prazer e pode ser até torturante. É preciso dançar em paz, com entrega, é preciso SER a dança e amar a dança em si e não as suas vantagens. A dança do ventre pode e deve ser um canal de conexão da mulher com a sua Deusa Interior, o que não significa fazer da dança uma arma de sedução ou com propósitos egóicos, pelo contrário, quem dança com este propósito não sai do chão.
Como eu gosto de voar entre as estrelas, me desapego de qualquer vantagem ou resultado da dança e aproveito tudo que ela traz de mágico e transcendente para mim, a possibilidade de manifestar a Deusa, de sentir uma forma de êxtase e de estar no melhor lugar do mundo - dentro de mim mesma.
Carla Lampert
Focalizadora do Magdala Círculo Feminino Essencial, Bailarina e Professora de Dança do Ventre com ênfase no Feminino Sagrado, e Relações Públicas
PORTO ALEGRE/RS
Fotos: Arquivo pessoal
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