Cuidados do Ayurveda para a gestante

Eixo básico da medicina da Índia, o Ayurveda estabelece profundas conexões da natureza, através dos elementos, com a constituição pessoal de cada um de nós. Sabrina Alves, focalizadora de círculos femininos, doula e especialista em Ayurveda para mulheres, nos indica vários cuidados naturais para as gestantes, mostrando que para esse conhecimento ancestral mãe/filho são uma célula única.

Seguiram-se nove meses, e dois seres em construção estão prontos para virem ao mundo. Mãe e bebê, ao longo da gestação, em contato intimo, crescendo e se preparando para a jornada da vida agora passarão pelo trauma do nascimento. Ambos terão nova vida. A mulher pari-se Mãe, e a mulher que deu passagem para a nova condição recebe a nova vida, o novo ser, perpetuando a energia de Shakti, que para o Ayurveda é a manifestação da energia feminina.
Ayurveda é o sistema de manutenção de saúde da Índia onde, segundo a dança dos Doshas, que são a definição de biótipo ou código genético conforme os elementos da natureza (fogo, terra, água, ar e éter), os seres-humanos interagem com tudo a sua volta, buscando sempre harmonizar-ser com a natureza, para que dessa forma alcancem o equilíbrio do espírito, mente e corpo.
Para o Ayurveda, os momentos antes, durante e após o parto formam um momento único e crítico. E as mulheres precisam estar atentas para que os eventos dessa época não afetem sua expressão feminina. Segundo essa sagrada e milenar arte nessa fase da vida, o corpo da mulher é habitado por duas almas, a sua e a do novo ser que se prepara para vir ao mundo.

Antes da gravidez

A gravidez é resultado da intimidade, e todas as suas conseqüências devem ser partilhadas por ambas as partes envolvidas, futuros pais. Como a mulher terá de passar a dor física da criação, o homem deverá fornecer-lhe apoio psicológico, conforto e segurança. Para o Ayurveda, os cuidados para a gestação têm inicio desde os seis meses anteriores à fecundação, e quando os pais se encontram em ótimo estado de saúde, unem as duas sementes, com prazer e exaltação em um momento propício. Claro que a realidade atual não é bem essa, as pessoas descobrem-se grávidas. Mas, ainda assim, o Ayurveda preconiza que a gestante durante os nove meses mantenha atenção aos hábitos, pensamentos, alimentação e rotina diária de maneira que sejam inteiramente satvicas, ou seja, puras, sadias e harmônicas, pois irão influenciar diretamente na formação do feto, determinando toda uma vida.

A gestação

Durante os nove meses seguintes, devem se concentrar em acolher o futuro bebê na família, pois no Ayurveda a aura de amor e felicidade dos pais irá influenciar diretamente na formação do feto, determinando sua saúde, bem como suas possíveis desarmonias em todas as fases subseqüentes da vida. Uma vez que se decidiu ter um filho, tudo que se fizer irá influenciar em sua formação. Desta forma, é necessário a prática de meditação e yoga adequados ao período, bem como alimentação de fonte mais pura possíveis, descartando todos e quaisquer produtos processados, refinados e aromatizados artificialmente. O Ayurveda considera mãe e bebê uma única célula por pelo menos até os quatro anos de idade do bebê, ou seja, não existem cuidados na gestação para as mulheres separados da pediatria.

Cuidados para as futuras mamães

Como diz o Caraka Samhita, “uma mulher grávida deve ser tratada como uma jarra cheia de azeite até a borda, onde nenhuma perturbação deva acometê-la”. Pois, como qualquer ser vivo, o feto tem seus próprios doshas, e esses doshas adicionais no corpo da gestante são, por si só, razão da maioria dos desconfortos gestacionais. A percepção é um fator muito importante para ajudar a gestante a criar um ambiente carinhoso que dê amparo a ela e a seu bebê, principalmente por sua força gerada pelo corpo que se prepara. Em vez de funcionar no piloto automático, use a oportunidade criada por sua gravidez para se tornar mais atenta a seu meio ambiente e os efeitos que esse tem sobre você e seu bebê.

Na Gravidez

* Sons: nutra seu bebê e a você mesma por meio do som: os sons que nos cercam desempenham um papel importante no equilíbrio dos ritmos biológicos. Sons capazes de nutrir e acalentar são tão importantes para a saúde quanto são alimentos nutritivos, para o ayurveda tanto o que se ingere, como tudo que está no entorno, ou pensando e falando, transformam-se em alimentos e dependendo do que é, torna-se força ou gera desarmonias e doenças.

* O toque: nosso maior órgão é a pele, portanto é fundamental a nutrição por meio do toque, pois libera substâncias químicas que têm efeitos relaxantes e promotores de saúde para ambos. Quando você é tocada, mesmo que terapeuticamente, seu nível de estresse baixa, sua circulação melhora e as moléculas naturais que realçam o prazer de seu corpo são ativadas. Para a gestante é fundamental que realize a auto-massagem com óleos nutritivos, executada por no máximo 10 minutos, sempre com movimentos suaves e circulares em cada parte do corpo. Importante a atenção especial da massagem localizada no períneo da mesma forma com óleos nutritivos como o de gergelim, neste caso, realizada pela própria gestante em si mesma. O Ayurveda indica a auto-massagem no períneo por volta de seis semanas antes do parto para fortalecer os tecidos moles e para que se tornem mais elásticos, melhorando a performance no parto, evitando lacerações, bem como beneficiando a regeneração no pós-parto. Mães que são constantemente massageadas na gestação e praticam Yoga, aumentam a liberação de endorfina (anestésico natural do nosso corpo), o que irá auxiliar muito na redução dos estímulos dolorosos do trabalho de parto.

* Enjôos: a maioria das mulheres no início da gravidez são acometidas por enjôos, para isso o ayurveda indica comer alimentos secos; deitar-se; beber líquidos puros transparentes ou carbogasosos; tomar ar fresco evitando ar-condicionado e lugares muito fechados, além da prática de meditação.

Parto

Desde 1960, o parto foi considerado um “estado clínico”. Atualmente em nações como EUA, Brasil e outros muitos países da América Latina, nascem mais crianças de parto induzido, às terças-feiras e muito menos em sábados, domingos, feriados e festas de final de ano. Como são os hormônios fetais que controlam o início do parto, é provável que considerar o parto como “estado clinico” seja bastante perturbador para a unidade mamãe-bebê que está prestes a iniciar.
O Ayurveda é partidário de que haja o mínimo de intervenções tais como anestesia, episiostomia e/ou cesáreas, a menos que estas sejam usadas para salvar ambas as vidas. A parturiente deve cuidar para encontrar um obstetra ou parteira que se identifique e um lugar para realizar o parto em que ela se sinta relaxada, segura e cômoda. O parto genital e normal proporciona, tanto para a parturiente e o bebê, benefícios imediatos e em longo prazo. Uma mãe que recebeu os devidos cuidados de massagem, yoga e meditação, bem como correta alimentação e uma gestação serena, na medida do possível é capaz de parir de forma plena, proporcionando ao bebê a oportunidade de amadurecer o pulmão nascendo por parto natural e a ela uma recuperação de poucos dias, além de se perceber a sua força auto-gestionada.
 
Amamentação

Para o Ayurveda é muito importante que, logo ao nascer, a criança receba os primeiros fluidos do peito da mãe para posteriormente fazer disso um hábito saudável. No Ayurveda isso é considerado a própria transmissão de Ojas, ou seja, energia vital, fonte inesgotável para o fortalecimento e crescimento espiritual, mental/emocional e físico da criança. É por meio da amamentação que a criança recebe todos os nutrientes necessários para seu crescimento, por isso no Ayurveda se considera uma única célula mãe/bebê, é tambem por isso tão importante o equilíbrio psicofísico da mãe, pois até mesmo quaisquer patologias que a criança por ventura desenvolva os compostos de fortificantes e de ervas são ministrados por meio da mãe e transmitidos pelo leite materno ao bebê.

Maternidade

O Ayurveda recomenda para mãe e, principalmente para os primeiros meses do bebê, a rotina diária (rutocharya) envolvendo práticas que proporcionam estabilidade e fortalecimento emocional e físico, onde por meio dela se garante a manutenção de saúde da célula mamãe/bebê.
Para o Ayurveda a gestação, o parto e maternidade são um momento propício para a mulher se fortalecer e de estabelecer a sua expressão feminina, perpetuando a energia feminina da criação e mantenedora.
Porém, não custa lembrar que todas as orientações são uma breve descrição da abordagem do Ayurveda na gestação/pediatria e que sempre se deve procurar um especialista no assunto para demais aprofundamentos.

Sabrina Alves
Terapeuta e docente em Ayurveda. Doula e especialista em Ayurveda para mulheres e em alimentação ayurvédica para as fases da vida. Coordena trabalho especifico de Ayurveda para Mulheres no Instituto de Cultura Hindu Naradeva Shala e é idealizadora do “Clã dos Ciclos Sagrados”.
http://ayurvedaparamulheres.blogspot.com
SÃO PAULO/ SP

Redescobrindo o princípio do divino feminino na água

Nos tempos atuais, quase se perdeu a consciência de que a água é a manifestação do Feminino em nosso planeta. E não é por menos que, numa cultura patriarcal e machista, onde o divino feminino seja tão desrepeitado, as águas por sua vez, justamente, nunca estiveram tão poluídas e são cada vez mais escassas.
É a interessante reflexão que faz Kathi von Koerber, dançarina/curandeira e diretora de cinema, que vive na Alemanha e África do Sul. Veja mais detalhes sobre seu perfil na base do texto.


Estamos vivendo uma época em que viemos a nos dar conta de que por séculos o valor real da água como a verdadeira forma do feminino foi negligenciado. Por milênios a humanidade reverenciou o elemento do fogo, o filho do sol. Fogo é uma manifestação do masculino no planeta Terra, e a água é o aspecto feminino. Em nossa história, fogo significou riqueza, potencial, capacidade de forjar ouro, massacrar e queimar impérios, conquistar territórios, cruzadas e caça às bruxas; e continua sendo usado como elemento de impacto e poder. Desta maneira, civilizações imperiais governaram com desdém pelo balanço dos elementos da água e fogo. Este último, como relativo ao sol no planeta Terra, tornou-se a celebrada força do elemento masculino de força e poder, e as águas, elemento feminino, lenta mas consistentemente foram depreciadas e poluídas.
Hoje nossas águas estão em estado de profunda crise e nós humanos refletimos este estado em nós mesmos. Sem dúvidas o ciclo da vida está sendo desafiado enquanto o aquecimento global acelera, represas estão interferindo com o fluxo da natureza e até mesmo o rio Amazonas está experimentando secas.

Igualmente, a saúde e o bem estar interior da humanidade está experimentando pobreza espiritual e existencial. Desordens mundiais de ansiedade, depressão, esquizofrenia, insônia, vícios e personalidades maníacas são resultado da crise interior. Desordens femininas como a TPM extrema, fibrose, câncer de útero, infertilidade e câncer de mama são apenas alguns exemplos que refletem a luta do sexo feminino para encontrar equilíbrio e saúde num mundo moderno afastado da natureza. Esta crise é resultado da falta de harmonia entre os humanos; homens, mulheres e sua relação mútua e consigo mesmos, a natureza e os elementos. E mais especificamente o desequilíbrio da água e do fogo em nossas vidas.

Como passamos a compreender nas últimas décadas, a água é fundamental para nossa sobrevivência futura. Mais do que jamais imaginamos. Como habitantes da Terra, nós entramos numa época onde precisamos priorizar e reverenciar mais a terra e seus habitantes femininos para nos reequilibrar e harmonizar.
O princípio do feminino no planeta Terra pode ser encontrado no fluxo das águas. Os lagos, rios, tudo que flui, acumula, nutre e eventualmente origina o oceano. Nos textos Védicos é dito que existem sete tipos de águas: nascentes, corredeiras, rios, lagoas, lagos, aquíferos e o mar. Por exemplo, os lagos e lagoas representam o ventre, os rios e as cachoeiras a fertilidade e virilidade das águas e os oceanos representam o líquido amniótico. Os mares e oceanos são conhecidos em muitas tradições com a mãe das águas, também conhecido no Brasil como Iemanjá. O elemento da água é o sangue de nosso planeta, os rios são as veias da Terra e por natureza, as mulheres cuidam e abençoam a água. O princípio feminino é nutrir, manter seguro, como a mãe segurando e alimentando seu bebê. Ao nutrir seu ventre, suas crianças, as mulheres efetivamente nutrem as águas e a si mesmas. Portanto, as mulheres tem a responsabilidade de agir como guardiãs das águas. Toda água que flui traz a marca da nutrição, da mãe e da cuidadora.
A natureza do feminino é muito similar a um cristal. Cristais são condutores de energia, assim como as mulheres. Mulheres são geralmente mais sensíveis que homens, elas absorvem e transformam a energia, como uma mãe que cuida de seu filho com leite do seio. Da mesma maneira, pensamentos e emoções são absorvidos e armazenados em nossos corpos através de nossas águas, como nosso sangue que leva nutrientes para as células e órgãos. Água é um condutor e portanto precisamos tomar cuidado com quais pensamentos colocamos na água pois ela pode absorvê-los. Quando absorvem e não liberam, nossas águas podem ficar fisicamente desequilibradas, resultando em desarmonia ou doença. Então, para reestabelecer a harmonia, é preciso aprender a equilibrar as emoções e estar consciente de que estamos poluindo nossas águas interiores com pensamentos negativos.

É o entendimento de que precisamos participar ativamente dos ciclos da vida e não nos considerarmos separados da natureza. Para cada recebimento há uma retribuição. Assim como há um negativo, há um positivo, como uma bateria. Para cada recebimento de água há uma oferta. Para cada emoção há um ato de harmonização e limpeza. Como na natureza, para cada noite há um dia, enquanto o sol e a lua ciclam harmoniosamente, as energias do fogo e da água podem novamente se realinhar.
Então para cada gole de água que sacia nossa sede e limpa nossos corpos, deve haver um ato recíproco. Um ato de devolver é um agradecimento em uma tentativa de harmonização de nossas águas internas e externas. Pensando positivamente quando cozinhamos, ou quando movemos nossas águas internas através da dança, ou ao cantarmos e vibrarmos durante o banho. Compreender que toda a água que usamos foi usada por nossos ancestrais e será usada por nossos filhos e portanto devemos honrar a linhagem e a continuidade da vida.
Com o tempo podemos reintegrar o ciclo da água em nossas vidas, seja através de um estilo de vida sustentável, coletando as águas cinzas ou sabendo de onde vem sua água potável. Assim, nosso conhecimento se torna mais consciente do design sagrado da vida e das leis da natureza. Para homens e mulheres poderem também compreender que a cozinha, para uma mulher, é o ponto central da família e o altar vivo do equlíbrio alquímico da água e do fogo.

Não Podemos viver sem água. Água é vida, água dá vida e água tira vida.
Estamos vivendo no limiar da maior crise que a humanidade já vivenciou, que é a falta de água fresca e limpa. Portanto é extremamente importante como iremos tratar a água interna e externa. Uma crise planetária da água revela-se de três formas: água contaminada, falta de água e excesso de água. Em nossos corpos, a água poluída se manifesta como raiva, falta de água se relaciona com depravação e tristeza e o excesso de água é o ciúme, luxúria e ganância, todos levando a tormentos e desequilíbrio. Para quaisquer formas de turbulência sobre a água que falemos, o antídoto são rezas e boas ações.

Mulheres foram abençoadas com o presente da auto-limpeza na forma de nosso ciclo menstrual. Assim como a terra tem seus ciclos, os sistemas reprodutivos da mulher e o ciclo menstrual são um mecanismo de limpeza sintonizado com a lua. A lua é o guardião feminino que alinha as águas femininas e a menstruação aos ciclos do cosmos. Assim como a água limpa a si mesma por osmose, evaporação, precipitação e filtragem durante a sedimentação, as mulheres liberam e transformam toxinas acumuladas, energias estagnadas e emoções através da menstruação. A menstruação é uma maneira do corpo e da mente se limparem para toda a família, pois a mulher é a peça central da família, pois é a que dá a luz e nutre. A menstruação foi suprimida pela sociedade ao ponto de pessoas tentarem escondê-la, fingir que não está acontecendo e ignorando-a. Todos os sintomas da TPM, ou saúde debilitada em torno da menstruação ou dos sistemas reprodutivos são claras indicações de alguma sorte de desarmonia espiritual ou física. Os ciclos naturais nunca deveriam ser considerados como certezas; o mesmo vale para o sistema menstrual da mulher.
O ciclo natural da mulher é um método altamente avançado para as mulheres se reconectarem à terra e limparem seu ser interior. Mulheres precisam aprender a honrar este momento sagrado e serem apoiadas pelo seu entorno neste feito. Devolver o sangue menstrual como matéria fértil para o solo é uma prática ancestral, contrastante com o conveniente descarte na descarga do banheiro. A verdadeira reza da mulher para devolver seu sangue menstrual para a terra, através do uso do moderno e conveniente coletor de silicone fortalece a comunicação direta com a terra e o eu interior da mulher. Isso permite que as mulheres novamente se tornem suas próprias curandeiras e revigora a relação deteriorada com o planeta Terra. As emoções ficam ancoradas ao solo e não na água. Quando o sangue menstrual é depositado na água, a água se torna mais volátil com emoções e toxicidade. Mesmo a água sendo reciclada muitas vezes, nós beberemos esta volatilidade e será difícil equilibrar mente, espírito e a harmonia masculino/feminino no planeta. O elemento terra tem a habilidade de acalmar as águas.
O primeiro passo para harmonizar o papel do divino feminino é recuperar nossas águas. Como humanidade e indivíduos, temos de reclamar nossas águas. Em uma jornada interior para curar e garantir águas tranquilas é importante integrar a si mesmo nos ciclos naturais das leis do universo. Em um nível ambiental é importante estar seguro de onde vêm nossa água potável, como foi tratada e para onde fluirá depois. É a responsabilidade pessoal com a saúde interior e sua manutenção, para que então possamos ser úteis na preservação e continuidade da comunidade. Na reza e no dia a dia, significa balancear as águas internas e externas permitindo a nós mesmas honrar e ouvir a fluidez das águas femininas.

Kathi von Koerber é uma dançarina/curandeira e diretora de cinema da Alemanha/África do Sul. Conviveu com idosos das tribos Bushmen no sul da África do Sul, os Tuareg no Saara, a princesa da Iboga no Gabão, Bernardette Riebenot, Lakota, Navajo e Cherokee nos EUA, Xawante e Fulnio no Brasil e os Camsra e Kogi na Colômbia. Kathi ensina dança e faz apresentações internacionais há 15 anos, e dedica sua vida para preservar a sabedoria indígena e advocar rituais como elementos chave na evolução humana e iniciação na vida adulta.
Kathi fundou a Kiahkeya em 2004 com o objetivo de informar e disseminar a arte, criatividade e espiritualidade com o propósito da tolerância e igualdade cultural e ambiental.
Vários projetos incluem filmes sobre a tribo Bushmen na África do Sul, o filme “Footsteps in Africa” sobre a música, dança e capacidade de sobrevivência dos nômades Tamakesh no Saara e um filme ambiental de dança Butoh feito nas geleiras do Alaska, que ela atualmente está editando.
O projeto mais recente de Kathi é um filme sobre os poderes místicos da água chamado “Moving Waters”. Kiahkeya também produz workshops interculturais, incluindo dança, medicina sagrada com plantas medicinais, rezas de diferentes tradições, treinamento em liderança selvagem e vivência sustentável.

www.kiahkeya.com
www.imovewater.net

http://plantandoconsciencia.wordpress.com/2010/12/03/redescobrindo-o-principio-do-divino-feminino-na-agua/
Colaboração: Vanessa Reis
 
Série Temática Edição Absoluta/Casa. Coordenação e Design: RICARDO MARTINS.